De acordo com estimativas oficiais, a Índia enfrenta um alto índice de estupros, com pelo menos três casos ocorrendo a cada hora no país. Além disso, a cada quatro horas, um estupro coletivo é registrado. Esses números são alarmantes e refletem a violência sistemática enfrentada por meninas e mulheres na Índia.
Os dados do Escritório Nacional de Registros Criminais apontam que em 2022, foram registrados mais de 31 mil casos de estupro em todo o país. A maioria das vítimas tem entre 18 e 30 anos, mas há também casos envolvendo meninas menores de seis anos e mulheres acima dos 60 anos.
Uma pesquisa da Fundação Thomson Reuters realizada em 2018 classificou a Índia como o país mais perigoso do mundo para as mulheres, devido aos altos índices de violência sexual, tráfico humano e outras formas de abuso enfrentadas por elas. A situação torna-se ainda mais preocupante quando se considera a subnotificação de casos, uma vez que muitos ataques não são denunciados por medo, vergonha ou desconfiança nas autoridades.
A Índia tem sido cenário de diversos casos de alto impacto internacional, como o estupro coletivo seguido de morte da estudante de psicoterapia Jyoti Singh em 2012. Esse crime chocante desencadeou uma onda de protestos e pressionou por mudanças na legislação indiana.
Embora tenham sido introduzidas leis mais rígidas e penas mais severas para crimes sexuais, a implementação dessas medidas ainda enfrenta desafios. Ativistas apontam para a persistência do patriarcado na sociedade indiana, que subestima os direitos das mulheres e muitas vezes protege os agressores.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que a sociedade indiana e as autoridades se unam para combater a cultura de violência e garantir a segurança e o respeito às mulheres em todo o país. A luta contra a violência sexual deve ser uma prioridade absoluta, e medidas eficazes devem ser implementadas para proteger as mulheres da Índia.