Crise de violência no Haiti leva a tiroteios intensos e incerteza sobre paradeiro do primeiro-ministro Ariel Henry

A capital do Haiti, Porto Príncipe, vive mais um dia de intensos tiroteios em vários pontos da cidade, incluindo no aeroporto, enquanto o paradeiro do primeiro-ministro, Ariel Henry, permanece desconhecido. Esta situação de violência levou o governo brasileiro a expressar preocupação e a pedir medidas concretas da comunidade internacional para apoiar o país caribenho.

Em nota oficial, o Itamaraty destacou a grave deterioração da segurança pública no Haiti, que resultou na declaração do estado de emergência, e solicitou o envio de uma missão internacional de segurança para ajudar a restaurar a ordem no país. Além disso, o Brasil ressaltou seu compromisso histórico com a estabilização do Haiti e convocou a comunidade internacional a tomar medidas urgentes de apoio, conforme a Resolução 2699 (2023) do Conselho de Segurança da ONU.

O governo brasileiro também enfatizou a importância da realização de eleições no Haiti assim que a situação de violência esteja controlada, garantindo a segurança dos eleitores e candidatos. Além disso, instou as lideranças locais a se engajarem em um diálogo nacional para facilitar o processo eleitoral e a estabilidade política no país.

Enquanto isso, os confrontos armados continuam a aumentar na capital haitiana, levando à fuga de presos e deslocamentos massivos de civis. No último sábado, aproximadamente 3,6 mil detentos escaparam das duas maiores prisões do Haiti, após ataques de quadrilhas armadas. A situação se agravou ainda mais com tentativas de tomada do controle do aeroporto de Porto Príncipe por grupos armados, resultando em cancelamento de voos e clima de tensão na região.

A escalada da violência teve início na quinta-feira anterior, após um anúncio do primeiro-ministro das Bahamas sobre um compromisso de Henry em realizar eleições até 2025, gerando revolta entre os líderes das facções armadas no Haiti. Atualmente, com a ausência de Henry, o ministro da Economia, Patrick Michel Boivert, foi nomeado como primeiro-ministro interino e decretou estado de emergência e toque de recolher na capital. A situação segue delicada e incerta no Haiti, com desafios enormes para restaurar a paz e a estabilidade no país caribenho.

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