Apesar dos esforços da OMS em obter acesso regular à região, Tedros destacou que essa foi a primeira visita desde outubro do ano passado. Ele ressaltou a situação gravíssima do Hospital Al-Awda, com um de seus edifícios destruídos. Já no Hospital Kamal Adwan, o único hospital pediátrico na região, a superlotação de pacientes foi evidenciada, sendo que a falta de alimentos resultou na morte de dez crianças.
A escassez de eletricidade também foi apontada como uma ameaça séria ao atendimento dos pacientes, especialmente em áreas críticas como a unidade de cuidados intensivos e a unidade neonatal. A OMS conseguiu entregar 9,5 mil litros de combustível para cada hospital, juntamente com alguns suprimentos médicos essenciais, porém, Tedros enfatizou que essas ações representam apenas uma pequena parte das necessidades urgentes da região.
O diretor-geral fez um apelo a Israel para garantir que a ajuda humanitária possa ser entregue de maneira segura e regular, ressaltando que civis, especialmente crianças, e profissionais de saúde precisam de ajuda imediata. Tedros concluiu sua fala enfatizando que o principal remédio que todos esses pacientes necessitam é a paz, destacando a importância de um cessar-fogo na região. O cenário encontrado nas instalações médicas do norte da Faixa de Gaza revela uma crise humanitária alarmante que clama por ações urgentes e eficazes.