Essa decisão foi vista como uma manifestação política do governo de esquerda de Gabriel Boric, que tem sido crítico da ofensiva militar conduzida por Israel na Faixa de Gaza. O ataque do grupo islamista Hamas em território israelense em outubro de 2023 desencadeou uma série de eventos que culminaram nessa exclusão das empresas israelenses da feira.
O embaixador de Israel no Chile, Gil Artzyeli, expressou surpresa com a decisão do governo chileno, afirmando que não foi contatado previamente e que soube da exclusão apenas por meio do comunicado do ministério. É importante ressaltar que o Chile chamou seu embaixador em Israel para consultas no final de outubro como forma de protesto contra a operação militar israelense.
Além disso, em janeiro deste ano, o Chile uniu forças com o México para apresentar um pedido perante o Tribunal Penal Internacional, solicitando a investigação de possíveis crimes de guerra no contexto do conflito entre Israel e Hamas. Essa postura firme em relação a Israel demonstra a posição política adotada pelo governo chileno, que parece estar alinhada com a defesa dos direitos humanos e a busca por justiça em situações de conflito internacional.