Governo do Chile exclui empresas israelenses de feira aeroespacial em Santiago após ofensiva militar em Gaza.

O governo do Chile tomou uma decisão polêmica ao anunciar que excluiu as empresas israelenses da principal feira aeroespacial e de defesa da América Latina, que está marcada para acontecer em Santiago no mês de abril. Segundo um comunicado emitido pelo Ministério da Defesa, a versão 2024 da Feira Internacional do Ar e do Espaço (Fidae) não contará com a participação de empresas de Israel, sem mencionar as razões por trás dessa medida.

Essa decisão foi vista como uma manifestação política do governo de esquerda de Gabriel Boric, que tem sido crítico da ofensiva militar conduzida por Israel na Faixa de Gaza. O ataque do grupo islamista Hamas em território israelense em outubro de 2023 desencadeou uma série de eventos que culminaram nessa exclusão das empresas israelenses da feira.

O embaixador de Israel no Chile, Gil Artzyeli, expressou surpresa com a decisão do governo chileno, afirmando que não foi contatado previamente e que soube da exclusão apenas por meio do comunicado do ministério. É importante ressaltar que o Chile chamou seu embaixador em Israel para consultas no final de outubro como forma de protesto contra a operação militar israelense.

Além disso, em janeiro deste ano, o Chile uniu forças com o México para apresentar um pedido perante o Tribunal Penal Internacional, solicitando a investigação de possíveis crimes de guerra no contexto do conflito entre Israel e Hamas. Essa postura firme em relação a Israel demonstra a posição política adotada pelo governo chileno, que parece estar alinhada com a defesa dos direitos humanos e a busca por justiça em situações de conflito internacional.

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