Comandantes de Níger, Mali e Burkina Faso criam força conjunta para combater rebeliões jihadistas em seus países.

Os comandantes militares de Níger, Mali e Burkina Faso anunciaram nesta quarta-feira a formação de uma força conjunta para combater as rebeliões jihadistas em seus países. Essa decisão foi tomada após uma reunião em Niamey, onde o comandante do Níger, Moussa Salaou Barmou, se pronunciou afirmando que a nova força estará operacional em breve para lidar com os desafios de segurança na região.

Embora o tamanho específico da força conjunta não tenha sido divulgado, Barmou ressaltou que os três exércitos concordaram em criar um conceito operacional que lhes permitirá alcançar seus objetivos de segurança de forma eficaz. Esse anúncio conjunto é o mais recente feito pelos três países vizinhos, que têm governos militares e têm se distanciado da antiga potência colonial, a França, aproximando-se da Rússia.

Níger, Mali e Burkina Faso enfrentam sanções da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental devido aos golpes militares que depuseram seus governos democráticos desde 2020. Esses golpes foram, em grande parte, motivados pela ineficácia dos governos civis em eliminar os rebeldes jihadistas afiliados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.

A rebelião jihadista teve início em 2012 no norte do Mali e se espalhou para os países vizinhos em 2015, resultando em milhares de mortes e milhões de deslocados na região. A criação desta força conjunta é vista como uma medida crucial para enfrentar a violência e restaurar a segurança na região.

Com a formação dessa aliança militar, Níger, Mali e Burkina Faso esperam unir esforços e recursos para combater as ameaças jihadistas que assolam a região. A cooperação entre esses países pode ser crucial para restaurar a paz e a estabilidade em uma região marcada por anos de conflito e violência.

Assim, a criação da força conjunta representa um passo importante na luta contra o terrorismo e na busca por uma segurança compartilhada entre as nações envolvidas.

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