Comissão de investigação em Israel conclui que Netanyahu tem “responsabilidade pessoal” por tumulto fatal durante peregrinação judaica.

Em um relatório divulgado recentemente, uma comissão de investigação em Israel concluiu que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem “responsabilidade pessoal” em relação a um tumulto ocorrido em abril de 2021 durante uma peregrinação judaica, onde 45 pessoas perderam suas vidas.

O incidente ocorreu no Monte Meron, no norte de Israel, durante a peregrinação religiosa anual que reúne dezenas de milhares de judeus em torno do suposto túmulo do rabino Shimon Bar Yojai. Uma multidão de peregrinos se aglomerou em uma passagem estreita, resultando na tragédia que vitimou diversas pessoas, incluindo crianças.

Segundo a comissão, o primeiro-ministro Netanyahu tinha conhecimento, ou pelo menos deveria ter ciência, de que o local não recebia manutenção há anos. Isso representava um risco para os participantes da peregrinação, realizada anualmente em celebração à festa judaica de Lag Baomer. Os investigadores afirmam que Netanyahu e seu gabinete deveriam ter identificado proativamente esses riscos, mas não agiram conforme esperado para corrigir a situação.

O relatório da comissão também destacou que o gabinete do controlador do Estado já havia alertado em 2008 e 2011 sobre deficiências no Monte Meron. Os judeus consideram esse local como o túmulo de Shimon Bar Yochai, um importante talmudista do século II, associado à redação do Zohar, uma obra central do misticismo judaico.

A conclusão da comissão de investigação levanta questões sobre a responsabilidade do governo e da administração pública em garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos durante eventos de grande magnitude como a peregrinação ao Monte Meron. A falta de ação proativa por parte do primeiro-ministro Netanyahu e seu gabinete é vista como um fator que contribuiu para a tragédia que resultou na perda de tantas vidas inocentes.

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