Diante do cenário caótico, os moradores da capital estão fugindo dos distúrbios, com muitos carregando seus pertences e adotando um toque de recolher noturno imposto pelas autoridades para garantir a segurança. Jimmy “Barbecue” Cherizier, líder de uma das gangues, ameaçou agravar a crise caso Henry não renuncie, acirrando ainda mais a tensão no país.
As autoridades têm enfrentado dificuldades para lidar com a onda de violência, com a polícia nacional sendo impotente diante dos ataques dos grupos armados. A necessidade de uma força militar para restaurar a ordem tem sido apontada por alguns residentes locais, enquanto líderes internacionais apelam por um processo político que conduza à realização de eleições.
A falta de consenso entre o governo e diferentes atores da oposição, bem como a comunidade internacional, tem gerado incertezas sobre o futuro do país. A necessidade de assistência humanitária externa para cerca de 5,5 milhões de haitianos torna ainda mais urgente a resolução da crise, especialmente diante do agravamento da violência e da instabilidade política.
O envolvimento da ONU e de outros países no Haiti, bem como a pressão por uma transição política segura, tornam-se imperativos à medida que a situação se deteriora. Enquanto os distúrbios continuam a ceifar vidas e causar deslocamentos em massa, as autoridades lutam para conter a violência das gangues e restabelecer a ordem no país que enfrenta uma de suas piores crises em décadas.