De acordo com informações obtidas pelo veículo O GLOBO, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, deve apresentar um voto rigoroso, seguindo a jurisprudência da Corte em casos de homologação de sentenças estrangeiras e em precedentes envolvendo violência contra a mulher.
Membros da Corte Especial, órgão que irá julgar o caso de Robinho, em conversas reservadas, afirmam que o STJ tem sido pioneiro em matérias penais relacionadas a estupro e violência sexual contra mulheres. Além disso, destacam o clima favorável a condenações por esses crimes, especialmente em casos envolvendo ídolos do futebol, como o recente caso de Daniel Alves na Espanha.
Há a expectativa de que a maioria dos 15 ministros da Corte Especial siga o voto de Falcão, um dos integrantes mais antigos do STJ. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se a favor da homologação da condenação pelo STJ, argumentando que o pedido da Justiça italiana cumpriu todos os requisitos legais.
Robinho foi condenado na Itália por participar de um estupro coletivo em 2013. Após nove anos, a condenação foi confirmada em última instância, sem possibilidade de recurso. O jogador não foi preso na época porque estava no Brasil.
O governo italiano pediu sua extradição, porém, a Constituição brasileira impede a extradição de cidadãos brasileiros. Diante disso, os italianos solicitaram que a pena fosse cumprida no Brasil, e o julgamento no STJ vai determinar se essa sentença será validada.
O crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 2013, quando ele e outros cinco brasileiros participaram do estupro de uma jovem albanesa em uma boate em Milão. A vítima comemorava seu aniversário de 23 anos na época. A decisão final sobre o caso será conhecida após o julgamento no STJ.