As formas de violência sofridas pelas mulheres são diversas e incluem ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio e feminicídios. O relatório apontou que 586 mulheres foram vítimas de feminicídio, o que significa que, a cada 15 horas, uma mulher é morta em razão do gênero, principalmente por parceiros ou ex-parceiros. O uso de armas brancas e de fogo também se destaca nessas mortes, evidenciando a gravidade do problema.
A jornalista Isabela Reis, responsável pelo principal texto do relatório, ressaltou a importância da mobilização contra o feminicídio e outras formas de violência, destacando que a denúncia incansável pode salvar vidas. A ampliação no monitoramento da violência contra as mulheres revelou que o Pará, pela primeira vez, está entre os estados mapeados, ocupando a quinta posição no ranking com 224 eventos de violência.
São Paulo foi o único estado a ultrapassar mil eventos de violência, seguido pelo Rio de Janeiro e Piauí com altas significativas. Pernambuco registrou 92 feminicídios, enquanto a Bahia lidera em número de mortes de mulheres. O monitoramento realizado pela Rede de Observatórios da Segurança permite uma análise mais ampla e segura da realidade da violência contra as mulheres, complementando os dados oficiais e contribuindo para a redução da subnotificação. A luta contra a violência é urgente e a sociedade precisa se unir para proteger as vidas das mulheres.