Segundo a representação, Pietra Bertolazzi comparou a primeira-dama Janja a Michele Bolsonaro, esposa do então candidato adversário Jair Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral, a influenciadora afirmou que Janja estava abraçando Pablo Vittar e fumando maconha, insinuando que suas ações não condiziam com os valores da direita representados por Michelle Bolsonaro.
Para a maioria dos ministros do TSE, as declarações de Pietra Bertolazzi tinham o claro objetivo de influenciar o processo eleitoral, impactando indiretamente o candidato Lula. O ministro Floriano de Azevedo Marques enfatizou que acusar alguém de ser maconheiro não pode ser considerado uma crítica relevante, e a ministra Cármen Lúcia destacou o tom sexista das declarações da influenciadora.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, também votou a favor da condenação, destacando que as ofensas direcionadas à primeira-dama Janja visavam desqualificar seu marido, o candidato Lula. Com a condenação de Pietra Bertolazzi, os ministros Nunes Marques, Raul Araújo e André Ramos Tavares também se posicionaram a favor da punição, enquanto a ministra Isabel Galotti foi vencida, defendendo que as ofensas não foram graves o suficiente para influenciar o pleito eleitoral.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com a influenciadora Pietra Bertolazzi para comentar o caso, mas até o momento não obteve resposta. A decisão do TSE reforça a importância de coibir a disseminação de informações falsas e a realização de campanhas negativas durante o período eleitoral, visando manter a lisura e a integridade do processo democrático no Brasil.