Observadores internacionais convocados para acompanhar eleições presidenciais na Venezuela em meio a expectativas de reeleição de Nicolás Maduro.

A Venezuela está prestes a passar por uma das eleições mais importantes de sua história, as eleições presidenciais que acontecerão no dia 28 de julho. Com a presença de observadores internacionais da União Europeia, do Centro Carter e das Nações Unidas, o cenário político venezuelano se torna ainda mais complexo e sob os olhares críticos da comunidade internacional.

A União Europeia, que enviou uma missão em 2021 para as últimas eleições de governadores e prefeitos, está entre os convidados para observar as eleições presidenciais. O Centro Carter, dos Estados Unidos, e um painel de especialistas das Nações Unidas também estão entre os observadores que estarão presentes no processo eleitoral.

Elvis Amoroso, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, afirmou que os observadores foram convidados a participar do processo, desde que cumpram os requisitos legais estabelecidos. No entanto, a data anunciada para as eleições presidenciais foi considerada um desafio para uma missão de observação europeia, que ainda não se pronunciou sobre o convite.

Além dos observadores da UE, Centro Carter e ONU, o CNE também convidou representantes de diversas organizações como a Celac, Brics, Caricom, Uiores e União Africana. Essa observação internacional faz parte de um acordo assinado entre governo e oposição em outubro passado, como parte do mecanismo de diálogo mediado pela Noruega.

O chavismo, no entanto, demonstrou resistência à presença dos observadores europeus, com Maduro rotulando-os como ‘inimigos’ e ‘espiões’ em eleições passadas. Apesar das críticas, a presença dos observadores internacionais é fundamental para garantir a transparência e legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.

Enquanto o país se prepara para as eleições presidenciais, a oposição enfrenta desafios como a definição de um substituto para María Corina Machado, que não poderá concorrer. Enquanto isso, Nicolás Maduro, que busca a reeleição, surge como candidato natural do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que pretende confirmá-lo em um congresso em breve.

Em 2018, as eleições presidenciais na Venezuela foram amplamente contestadas quanto à sua legitimidade e transparência, com relatos de irregularidades por parte das missões de observação internacional. A reeleição de Nicolás Maduro foi considerada ‘fraudulenta’ pela oposição e por diversos países, que não reconheceram o resultado. Com a presença de observadores internacionais, a esperança é que o cenário eleitoral na Venezuela seja mais transparente e justo.

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