Um dado importante é que o estado de Rondônia apresentou a maior proporção de casamentos de adolescentes do sexo feminino em relação ao total, com 6,1% em 2022. Por outro lado, entre os meninos com idade até 17 anos, houve menos casamentos no Brasil, totalizando 1.915, o que representa apenas 0,2% do total.
A pesquisadora Bárbara Cobo destacou que esse fenômeno impacta mais a vida das meninas do que dos meninos. No entanto, ela ressalta que esses números englobam apenas os casamentos formais registrados no Registro Civil, havendo uma subnotificação que não é considerada por essa pesquisa.
Além disso, a pesquisa revelou uma redução de 30,8% no número de bebês nascidos de mães com idade entre 10 e 19 anos de 2018 para 2022, passando de 456,1 mil para 315,6 mil no período. Isso é relevante, já que são mulheres que ainda estão cursando sua formação educacional e começando a adentrar no mercado de trabalho.
Outro ponto destacado foi a queda no uso de contraceptivos por mulheres casadas ou em união estável, que passou de 82,6% em 2013 para 79,3% em 2019. Por fim, houve um aumento na maternidade de mulheres com idade entre 40 e 49 anos, com um crescimento de 16,8% no número de nascidos vivos nessa faixa etária, demonstrando mudanças nas tendências reprodutivas da população.