Conflito entre Israel e Palestina: Exército israelense divulga investigação sobre mortes na Faixa de Gaza com mais de 100 vítimas.

Na última sexta-feira, o Exército israelense divulgou novos resultados de sua investigação preliminar sobre a morte de mais de 100 palestinos que buscavam ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O comunicado reiterou a versão inicial de Israel sobre o episódio, afirmando que as tropas do país “atiraram precisamente” contra suspeitos que se aproximaram dos soldados.

Inicialmente, as Forças Armadas israelenses afirmaram que as mortes decorreram de uma confusão durante a entrega dos suprimentos, com empurra-empurra, pisoteamento e atropelamentos. No entanto, posteriormente, alegaram que os soldados apenas dispararam para o ar e contra as pernas de um grupo de residentes que se aproximou de uma unidade militar. O porta-voz do Exército, Daniel Hagari, afirmou que os disparos foram feitos apenas em face do perigo, quando a multidão se movia de forma a colocar os soldados em risco.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, acusou Israel de disparar e matar dezenas de pessoas durante a entrega caótica de ajuda no enclave. Segundo a mesma fonte, 120 pessoas morreram e ao menos 750 ficaram feridas no episódio. No entanto, o Exército israelense divulgou que as tropas não atiraram no comboio humanitário, mas em suspeitos que representavam uma ameaça.

Testemunhas relataram que milhares de pessoas se precipitaram em direção aos caminhões de ajuda naquela manhã, e que os soldados israelenses atiraram na multidão quando as pessoas se aproximaram demais dos tanques. Os hospitais da região trataram diversas pessoas feridas por tiros, o que gerou um debate acalorado sobre a conduta das tropas israelenses. O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, descreveu o incidente como um “massacre horrível” conduzido por Israel.

Além disso, o Exército israelense negou ter jornalistas como alvo do ataque que resultou na morte de um repórter e em ferimentos de outros profissionais da imprensa no Líbano. As Forças Armadas afirmaram que não atiraram deliberadamente em civis, incluindo jornalistas, mas responderam a ataques de combatentes do Hezbollah na região.

A crise humanitária em Gaza também foi mencionada, com relatos de devastação, combates e saques que tornam o transporte de ajuda humanitária quase impossível. O presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou sua solidariedade com Israel após os ataques terroristas do Hamas, mas também pediu que os israelenses protegessem os civis palestinos e facilitassem a entrega de ajuda humanitária.

Em resumo, a situação na Faixa de Gaza continua tensa, com acusações mútuas entre Israel e o Hamas, além de uma grande preocupação com a crise humanitária que afeta a população civil na região. A presença militar e as ações agressivas têm gerado críticas de diversos setores da comunidade internacional, que pedem por um diálogo e uma solução pacífica para o conflito.

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