Estudo revela que mais de 40% das médicas no Brasil já sofreram assédio moral na profissão, aponta pesquisa do Research Center Ayfa.

Um estudo realizado pelo Research Center, núcleo de pesquisa da Ayfa, maior grupo de educação e soluções para médicos no Brasil, revelou que mais de 40% das médicas do país já sofreram assédio moral no exercício da profissão. Esse dado é alarmante e demonstra a persistência de problemas no ambiente de trabalho, mesmo com o aumento significativo no número de médicas atuando no Brasil, que atualmente chega a 260 mil profissionais.

Segundo as profissionais que participaram do estudo, o assédio moral pode ocorrer tanto por parte dos pacientes e seus familiares, quanto por colegas e superiores no ambiente de trabalho. Relatos anônimos ilustram a gravidade da situação, como o caso de uma médica que foi ridicularizada e desdenhada por seus colegas ao expor seu ponto de vista em uma roda de médicos. Além disso, 36% das entrevistadas afirmaram que sofrem desconfiança em relação aos seus diagnósticos por serem mulheres.

Outro aspecto que impacta a vida das médicas é a dificuldade de conciliar a vida profissional com a pessoal. Cerca de 70% das entrevistadas apontaram essa como o principal problema, sendo que muitas relatam a falta de tempo para serem mães ou até mesmo pensar em ter filhos, devido às altas cargas horárias exigidas pelos hospitais.

O estudo envolveu 254 profissionais de saúde de diferentes faixas etárias, sendo a maioria médicas especialistas. A pesquisa também apontou que 36% das mulheres que responderam são mães. Esses dados evidenciam a urgência em promover um ambiente de trabalho mais saudável e respeitoso para as médicas, garantindo que possam exercer suas funções de forma digna e equilibrada.

Portanto, medidas efetivas para combater o assédio moral e promover a igualdade de gênero no ambiente médico se fazem necessárias para garantir o bem-estar e a integridade das profissionais da saúde no Brasil.

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