Segundo as profissionais que participaram do estudo, o assédio moral pode ocorrer tanto por parte dos pacientes e seus familiares, quanto por colegas e superiores no ambiente de trabalho. Relatos anônimos ilustram a gravidade da situação, como o caso de uma médica que foi ridicularizada e desdenhada por seus colegas ao expor seu ponto de vista em uma roda de médicos. Além disso, 36% das entrevistadas afirmaram que sofrem desconfiança em relação aos seus diagnósticos por serem mulheres.
Outro aspecto que impacta a vida das médicas é a dificuldade de conciliar a vida profissional com a pessoal. Cerca de 70% das entrevistadas apontaram essa como o principal problema, sendo que muitas relatam a falta de tempo para serem mães ou até mesmo pensar em ter filhos, devido às altas cargas horárias exigidas pelos hospitais.
O estudo envolveu 254 profissionais de saúde de diferentes faixas etárias, sendo a maioria médicas especialistas. A pesquisa também apontou que 36% das mulheres que responderam são mães. Esses dados evidenciam a urgência em promover um ambiente de trabalho mais saudável e respeitoso para as médicas, garantindo que possam exercer suas funções de forma digna e equilibrada.
Portanto, medidas efetivas para combater o assédio moral e promover a igualdade de gênero no ambiente médico se fazem necessárias para garantir o bem-estar e a integridade das profissionais da saúde no Brasil.