O arquivamento da investigação, que foi revelada pelo jornal Le Monde, ocorreu no dia 12 de janeiro deste ano. A investigação teve início após o semanário britânico Sunday Times divulgar que Michel Platini foi espionado em maio de 2019, pouco antes de sua prisão preventiva pelas suspeitas de corrupção no processo de escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
Mesmo sendo interrogado como testemunha no dia 4 de janeiro de 2023, Platini não foi formalmente acusado até o momento. Além disso, outras duas investigações sobre a suposta espionagem do Catar continuam em andamento na França.
Em uma das investigações, a senadora francesa Nathalie Goulet denunciou que recebeu um telefonema de uma pessoa que se apresentou como investigador e sabia a senha de seu e-mail pessoal. Ela relacionou essa invasão à sua atuação contra o islamismo radical e suas discordâncias em relação às convenções firmadas entre França e Catar.
Já a terceira investigação teve início a partir de uma ação movida pelo portal Mediapart e pelo jornalista Yann Philippin, que afirmou ter sido vítima de várias tentativas de fraude na internet desde janeiro de 2020. Segundo o Sunday Times, pelo menos 50 pessoas, incluindo jornalistas e advogados, foram alvo de ataques cibernéticos com o objetivo de proteger a reputação do Catar.
Com o arquivamento da investigação principal, as investigações paralelas mantêm-se ativas para esclarecer os detalhes sobre a suposta espionagem promovida pelo Catar, gerando ainda mais suspense em torno do caso.
