Em meio à multidão, a cientista social Carolina Otávio, membro do Movimento do Brasil Popular, ressaltou a importância de abordar diversas lutas em um único ato. Segundo ela, as mulheres são atingidas de várias formas pelo sexismo e pela fragmentação causada pelo patriarcado. A luta pela vida, pela dignidade e pelos direitos foi o ponto central do evento, que reuniu pessoas de diferentes origens e contextos.
Gisele Calamara, secretária de mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Rio), destacou a importância de combater o feminicídio, a exploração e a opressão contra mulheres de diferentes grupos, como lésbicas, trans, negras e moradoras de periferias. O fortalecimento da democracia e o combate aos discursos de ódio foram temas recorrentes durante o ato.
A manifestação teve início no final da tarde e se estendeu até a noite, com as participantes se concentrando em frente à Igreja da Candelária e seguindo em caminhada até a Cinelândia. Diversos grupos levantaram suas bandeiras e reivindicações, desde a luta contra o genocídio da juventude negra até a busca por autonomia financeira e equidade de gênero no trabalho.
Um dos temas mais debatidos durante o evento foi a legalização do aborto, com a assistente social Alzira Prata destacando a importância da liberdade da mulher sobre o próprio corpo. Além das questões nacionais, o movimento das mulheres no Rio de Janeiro também abordou questões internacionais, como a situação das palestinas na Faixa de Gaza, com integrantes do movimento Artistas pela Palestina mostrando solidariedade e sensibilidade diante do sofrimento dessas mulheres.
Em resumo, o ato realizado na capital fluminense foi um exemplo de união e força das mulheres em busca da igualdade, da dignidade e do respeito pelos seus direitos. A diversidade de pautas e a representatividade dos diferentes grupos presentes demonstraram a importância da luta feminina e reforçaram a mensagem de que juntas, as mulheres são verdadeiramente gigantes.