Segundo informações do governo do Rio, o Monitor da Violência Contra a Mulher é de fácil consulta e manuseio, fornecendo dados mensais sobre os delitos praticados contra as mulheres por município e área de atuação das delegacias e batalhões de polícia. Essa ferramenta é essencial para a análise e planejamento de ações de segurança pública que visam prevenir a violência, acolher as vítimas e punir os agressores.
A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou a importância do painel ao afirmar que ele foi criado para auxiliar na análise local das vítimas, levando em consideração a realidade onde vivem. Marcela ressaltou que os dados refletem as diferentes realidades dos municípios, e o painel é essencial para subsidiar a criação de políticas públicas eficazes.
A Secretaria da Mulher tem acesso exclusivo ao painel, que integra informações e inteligência para combater a violência doméstica e familiar em todo o estado. A superintendente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Giulia Luz, enfatizou a agilidade que o Monitor proporciona no processamento das estatísticas, permitindo uma elaboração mais eficiente de respostas institucionais.
Além do Monitor da Violência Contra a Mulher, o ISP também lançou o ISPMulher, plataforma que disponibiliza dados atualizados sobre violência contra a mulher e os endereços da Rede de Atendimento à Mulher Vítima. A ferramenta faz parte das comemorações dos 25 anos de existência do Instituto de Segurança Pública e visa dar mais visibilidade ao combate a esse tipo de crime.
Ao analisar os dados disponíveis no painel, foi observado um aumento nos casos de feminicídio e tentativas de feminicídio em janeiro de 2024, em comparação com o ano anterior. Por outro lado, houve uma redução nos homicídios de mulheres, e um aumento nos casos de violência moral e psicológica. Esse cenário pode indicar uma maior conscientização das mulheres e uma busca por seus direitos.
Desde 2006, o ISP divulga o Dossiê Mulher, um importante estudo que fornece estatísticas sobre as mulheres vítimas no estado do Rio de Janeiro. Esse levantamento é fundamental para a elaboração de políticas públicas que visam proteger e acolher as mulheres vítimas de violência. Atualmente, o estado conta com delegacias e núcleos de atendimento especializados, que oferecem atendimento humanizado e proteção às mulheres.
