Pesquisadora brasileira recebe prêmio internacional de História e destaca a luta das mulheres por reconhecimento profissional

A renomada pesquisadora Laura de Mello e Souza foi agraciada pelo Conselho do International Commitee of Historical Sciences (ICHS) com o Prêmio Internacional de História. Esse reconhecimento torna Laura a primeira mulher e a primeira pessoa do continente sul-americano a receber tal honraria. Seu caminho na área de história começou durante a ditadura militar, o que torna sua trajetória ainda mais significativa.

Durante 31 anos, Laura lecionou no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, ocupou a cátedra de história do Brasil na renomada Universidade de Sorbonne, em Paris, solidificando sua carreira internacionalmente.

Em uma entrevista no Dia Internacional da Mulher, Laura destacou as dificuldades enfrentadas por mulheres em suas carreiras, tanto em termos de tempo disponível quanto de reconhecimento profissional, em uma sociedade marcada pela desigualdade de gênero. Ela enfatizou que as conquistas das mulheres são fruto de luta e sofrimento, e que a luta pela igualdade deve ser diária, especialmente em um mundo ainda predominantemente masculino.

A entrega do prêmio está prevista para outubro deste ano, em Tóquio, durante a cerimônia que marcará a Assembleia Geral do Comitê Internacional de Ciências Históricas. Laura Souza, em sua entrevista, revelou suas referências no mundo da história e como iniciou suas pesquisas em diferentes períodos e temas ao longo de sua carreira acadêmica.

Atualmente, a pesquisadora tem dois projetos em andamento e continua contribuindo para a historiografia internacional. Ao ser questionada sobre as dificuldades enfrentadas em sua carreira, Laura mencionou os desafios da época em que viveu, mas destacou a importância das agências de financiamento para pesquisa em seu desenvolvimento profissional.

Receber o Prêmio Internacional de História foi uma grande surpresa e uma honra para Laura, que enxerga essa conquista como um marco para a historiografia brasileira no cenário internacional. Além disso, ela ressaltou a importância da conscientização e luta pela igualdade de gênero, principalmente para garantir um mundo mais acolhedor para as gerações futuras de mulheres.

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