A investigação foi solicitada após grandes protestos que ocorreram no Irã após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que faleceu sob custódia policial, depois de ser detida por supostamente usar o véu de forma incorreta. Durante as manifestações, os especialistas apontaram que pelo menos 551 manifestantes morreram em ações das forças de segurança, incluindo mulheres e menores de idade. Muitas dessas mortes foram causadas por armas de fogo, o que levou à constatação de uso desnecessário e desproporcional da força pelas autoridades.
Além disso, o relatório aponta que muitos manifestantes ficaram feridos, inclusive com danos permanentes, como cegueira devido a ferimentos nos olhos. Há ainda evidências de execuções extrajudiciais. O documento indica que as forças de segurança fizeram uso inadequado e ilegal da força, resultando em mortes e ferimentos nos manifestantes.
Diante dessa situação, é evidente que o Irã enfrenta um grave problema de direitos humanos, com o governo usando da força de forma desproporcional para reprimir manifestações pacíficas. O relatório lança luz sobre uma realidade sombria no país, evidenciando a necessidade de ações efetivas para garantir que tais violações não se repitam. É fundamental que a comunidade internacional pressione o Irã para que respeite os direitos humanos e puna os responsáveis por crimes contra a humanidade.
