Na semana passada, os ataques das gangues resultaram na destruição de instalações e equipes médicas, levantando preocupações entre os grupos de ajuda humanitária. O escritório da ONU no Haiti alertou que, se a área metropolitana de Porto Príncipe continuar paralisada, milhares de mulheres grávidas poderão enfrentar complicações obstétricas graves por falta de atendimento médico.
Essa crise no Haiti também chamou a atenção dos Estados Unidos, que instaram o primeiro-ministro Ariel Henry a realizar uma reforma política urgente para evitar uma escalada ainda maior do conflito. As gangues, que controlam partes significativas da capital haitiana, têm exigido a renúncia de Henry, que está ausente do país desde que a violência eclodiu.
A situação se agravou nos últimos dias, com as gangues atacando infraestruturas importantes, inclusive duas prisões, resultando na fuga de milhares de detentos. O governo haitiano decretou estado de emergência na região oeste do país e impôs um toque de recolher noturno para tentar conter a violência, que já afeta a chegada de assistência médica aos sobreviventes de violência sexual.
A ONU também alertou que mais de 500 sobreviventes de violência sexual estão em risco de ficar sem atendimento médico até o final de março se a situação não melhorar. A comunidade internacional está atenta à crise humanitária no Haiti e pressiona por soluções urgentes para garantir o acesso da população a serviços de saúde essenciais.