A tragédia ambiental começou a se desenrolar quando o M/V Rubymar afundou após sofrer avarias no ataque realizado em 18 de fevereiro. Antes de desaparecer no fundo do oceano, o navio já estava vazando grandes quantidades de combustível pesado, causando uma mancha de óleo de 30km ao longo do canal do Mar Vermelho, fundamental para o transporte de cargas e energia com destino à Europa.
Segundo autoridades locais, os rebeldes houthis têm atacado repetidamente navios na região como forma de retaliação à ofensiva de Israel em Gaza. Este conflito tem impactado não apenas as operações marítimas, mas também a delicada situação ambiental do Mar Vermelho.
Especialistas alertam para os riscos iminentes de um “desastre ambiental” na região. O Mar Vermelho é um ambiente natural peculiar, com características que favorecem a permanência de substâncias derramadas em suas águas. Além disso, a área é estratégica para o transporte de cargas e energia, o que torna a situação ainda mais crítica.
A preocupação se estende às usinas de dessalinização, vitais para o abastecimento de água potável em regiões como Jeddah, na Arábia Saudita. O petróleo vazado pode obstruir os sistemas de entrada das usinas, comprometendo a conversão de água salgada em água potável.
Além disso, o Mar Vermelho é uma importante fonte de frutos do mar, essenciais para a subsistência de populações locais, sobretudo no Iêmen. A região já enfrenta dificuldades devido à guerra civil entre os houthis e o governo sunita, tornando o impacto do naufrágio do M/V Rubymar ainda mais devastador.
Diante do cenário caótico e dos riscos iminentes, autoridades e especialistas alertam para a necessidade de ações urgentes para conter os danos ambientais e proteger a vida marinha, os recifes de coral e a segurança hídrica da região. Os próximos passos serão fundamentais para evitar uma tragédia ambiental de proporções ainda maiores no Mar Vermelho.