De acordo com informações da família do rapaz, jurandir Junior, tio de Nilton, afirmou: “O Nilton está se alimentando. Ele está se recuperando bem, apesar de ainda não ter previsão de alta. Estamos aqui na torcida”. O incidente que levou ao internamento de Nilton teve origem em uma discussão com o policial militar Roy Martins, que culminou com um disparo à queima-roupa que atingiu a artéria femoral do entregador, causando ferimentos graves.
O caso ganhou repercussão devido à violência empregada pelo PM no episódio. Imagens registradas por testemunhas mostram o policial exibindo sua arma e ameaçando Nilton, que estava desarmado. O oficial alegou legítima defesa e se apresentou na 32ª DP (Taquara). A Polícia Civil apreendeu a arma utilizada no crime, que foi prontamente devolvida. O caso está sob investigação da 28ª DP (Campinho), com a abertura de um processo pela Corregedoria da Polícia Militar para esclarecer as circunstâncias do acontecimento.
Além disso, o aplicativo de entrega iFood revelou que, somente nos primeiros três meses deste ano, registrou 4 mil casos de ameaça e agressão a entregadores no estado do Rio de Janeiro. Isso levou a plataforma a implementar uma Central de Apoio Psicológico e Jurídico para os colaboradores vítimas de violência. Com 28 casos registrados em dez meses, o iFood disponibilizou assistência psicológica a 26 entregadores no estado, incluindo o jovem Nilton. A situação, que expõe a vulnerabilidade dos entregadores, evidencia a importância de medidas de proteção e conscientização sobre a segurança desses profissionais.
No contexto de crescentes casos de violência contra entregadores, o incidente envolvendo Nilton e o PM Roy Martins destaca a urgência em adotar medidas eficazes para garantir a integridade e a segurança desses trabalhadores, que desempenham um papel essencial na cadeia de serviços de entrega. A sociedade precisa se mobilizar para prevenir e coibir atos de violência, valorizando a vida e a dignidade de todos os profissionais envolvidos no setor de entregas. Por isso, é fundamental que as autoridades competentes investiguem e apliquem as medidas cabíveis para evitar que episódios como esse se repitam.
