Os negociadores árabes planejam pressionar por um cessar-fogo mais curto do que o discutido anteriormente, propondo uma pausa de dois dias nos combates no início do mês sagrado islâmico do Ramadã. No entanto, as divergências entre Israel e o Hamas seguem presentes, com ambas as partes mantendo suas demandas.
Husam Badran, representante do Hamas, alertou para a possibilidade de aumento das turbulências na Cisjordânia e em Jerusalém caso não haja um acordo. Ele ressaltou a disposição do grupo em continuar as negociações, enfatizando o interesse em pôr fim ao conflito.
Entre as condições do Hamas estão o cessar-fogo permanente, o retorno dos civis deslocados às suas casas no norte de Gaza, a passagem de ajuda humanitária através das travessias, um plano para reconstruir Gaza e a retirada das forças militares israelenses do enclave. Por sua vez, Israel prioriza a libertação dos reféns capturados durante os ataques liderados pelo Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou as demandas “ilusórias e irrealistas” do Hamas, apontando dificuldades no avanço das negociações. Os esforços para alcançar um acordo entre as partes continuam, mas as divergências ainda persistem, mantendo a incerteza sobre o desfecho das negociações de trégua em Gaza.