Ministério da Saúde inicia segunda fase de estudo sobre a covid-19 no Brasil para avaliar impacto de condições pós-covid.

O Ministério da Saúde deu início, nesta segunda-feira (11), à segunda fase de um estudo de base populacional sobre a covid-19 no Brasil. A coleta de dados será realizada em 133 municípios do país, com visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença. O objetivo da pesquisa é levantar informações que possam subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid, também conhecidas como covid longa.

O estudo, denominado Epicovid 2.0, é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e encomendado à Universidade Federal de Pelotas. A falta de estimativas nacionais sobre o impacto da doença a longo prazo no Brasil motivou a realização dessa pesquisa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 20% das pessoas infectadas apresentam condições pós-covid, independentemente da gravidade do caso.

A coleta dos dados está prevista para durar entre 15 e 20 dias, com participação de 250 cidadãos de cada um dos municípios escolhidos. Ao contrário das fases anteriores, não será feita coleta de sangue ou teste de covid nessa etapa. As entrevistas serão conduzidas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, que foi contratada pelo Ministério da Saúde.

Os entrevistadores foram treinados e estarão identificados com crachás da empresa e coletes brancos. O Ministério da Saúde está em contato com as prefeituras das cidades envolvidas para facilitar a divulgação do estudo e esclarecer dúvidas da população. Além disso, a empresa LGA disponibilizou telefones para contato.

O Epicovid-19, realizado entre 2020 e 2021, contribuiu para a compreensão dos efeitos da pandemia no Brasil. Entre as conclusões, foi identificado que a quantidade de pessoas infectadas era três vezes maior que os dados oficiais e que os mais pobres tinham maior risco de infecção.

Paralelamente, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um memorial para as vítimas da covid-19, com o intuito de preservar a memória das 710 mil vítimas da doença no Brasil. O memorial será instalado no Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro, como forma de lembrar da pandemia e da importância de políticas de saúde pública eficazes no enfrentamento de crises sanitárias como esta.

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