Presidente do México condena abuso de autoridade em morte de estudante e promete punir responsáveis pelo crime.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, se pronunciou nesta segunda-feira (11) sobre a morte de um estudante da escola normal de Ayotzinapa em um incidente com a polícia, classificando-a como um caso de abuso de autoridade. O mandatário afirmou durante coletiva de imprensa que não haverá proteção aos responsáveis pelo crime, destacando que os policiais envolvidos na agressão que resultou na morte do jovem já se encontram detidos em Guerrero.

O incidente ocorreu na quinta-feira passada e foi reportado pelas autoridades de segurança do estado de Guerrero como uma agressão com disparos de arma de fogo por parte de dois estudantes que viajavam em uma caminhonete roubada. O presidente reiterou a condução da investigação pela Procuradoria-Geral mexicana, que assumiu o caso da jurisdição estadual a pedido do governo, garantindo que não haverá interferência no processo.

A morte do estudante Yanqui Rothan Gómez, de 23 anos, gerou protestos, incluindo o incidente em que manifestantes derrubaram uma porta do palácio presidencial na Cidade do México. Os manifestantes exigiam justiça pelo desaparecimento de 43 estudantes da escola de Ayotzinapa em 2014, um caso que evidenciou a corrupção policial e a conivência de autoridades na violação dos direitos humanos.

As investigações apontam que o desaparecimento dos 43 estudantes foi possível devido à ação e omissão de diversas autoridades, incluindo membros do Exército mexicano. O caso é considerado uma das piores violações de direitos humanos no México, em meio a um cenário de violência e criminalidade que assola o país há anos.

Essa tragédia reflete a complexidade dos desafios enfrentados pelo México em relação à segurança pública e à justiça. O presidente López Obrador reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilização dos culpados, buscando reparar as injustiças e garantir que esse tipo de violência não se repita no país.

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