O porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, confirmou que os funcionários da UE foram retirados do Haiti, e a delegação emitiu um comunicado informando sobre o fechamento temporário de seus escritórios e a redução mínima de sua presença no país. As atividades serão mantidas de maneira remota até que as condições de segurança permitam o retorno à normalidade.
O deslocamento dos funcionários exigiu dias de preparo e uma coordenação intensiva dos dois lados da fronteira. O aeroporto internacional do Haiti está fechado e constantemente alvo de ataques, o que levou à utilização de um helicóptero comercial para a saída das pessoas. Porém, a operação enfrentou desafios devido à falta de segurança nas estradas principais entre o Haiti e a República Dominicana, país para onde os funcionários foram deslocados.
Com a situação caótica no Haiti, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou que mais de 360 mil pessoas, incluindo crianças, estão desabrigadas devido à violência e à falta de segurança. Além disso, o risco de desabastecimento de alimentos e a paralisação dos serviços de saúde e educação no país são preocupações crescentes.
Diante desse cenário, a Comunidade do Caribe (Caricom) convocou uma reunião de emergência para discutir a situação no Haiti, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, participou do encontro. O objetivo da reunião era acelerar a transição política no Haiti e discutir a possibilidade de implantar uma missão de segurança internacional no país.
Portanto, a saída dos funcionários da UE do Haiti representa mais um capítulo desastroso na crise que assola o país caribenho, e medidas urgentes são necessárias para restabelecer a ordem e a segurança na região.