Segundo o advogado do militar, Cezar Bittencourt, o depoimento foi considerado positivo tanto para Mauro Cid quanto para a polícia. Durante o interrogatório, foram esclarecidos desdobramentos relacionados à suposta tentativa de golpe de Estado, sem entrar em detalhes sobre o conteúdo das declarações prestadas.
Mauro Cid foi questionado sobre a investigação que envolve a fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Bolsonaro, bem como sobre as joias recebidas da Arábia Saudita. Mensagens encontradas em seu celular sinalizam que, apesar dos relatórios e reuniões que afirmavam a segurança das urnas eletrônicas, ele teria continuado a elaborar um plano de golpe.
O ex-ajudante de ordens é apontado como o responsável pela emissão de cartões falsos de vacinação para o ex-presidente e seus familiares. Outra investigação está em curso para apurar a suspeita de que Bolsonaro teria tentando se apropriar indevidamente de joias presenteadas por autoridades sauditas, as quais, por valor, deveriam compor o patrimônio da União.
Este foi o sétimo depoimento de Mauro Cid na Polícia Federal, sendo que em três ocasiões ele se manteve em silêncio. Após firmar um acordo de delação premiada, o coronel passou a responder a todas as perguntas nos últimos quatro interrogatórios.
A atuação de Mauro Cid como peça-chave em casos de grande repercussão evidencia a importância desse depoimento para o avanço das investigações em relação ao ex-presidente Bolsonaro. A Polícia Federal seguirá analisando as informações fornecidas durante as nove horas de depoimento para esclarecer os fatos em questão.