Gaeco/MPRJ deflagra segunda fase da operação Jammer contra GatoNet na zona norte do Rio, envolvendo líderes ligados ao caso Marielle.

Nesta terça-feira (12), o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) deflagrou a segunda fase da operação Jammer, combatendo a exploração ilegal de serviços conhecidos como GatoNet. Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) cumpriram três mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Seis pessoas foram denunciadas à Justiça por participarem de uma organização criminosa que explorava clandestinamente atividades de telecomunicação, televisão e internet na zona norte do Rio.

Liderando o esquema criminoso, estavam Maxwell Simões Corrêa, também conhecido como Suel, e Ronnie Lessa, ambos já detidos por seus supostos envolvimentos nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Durante a operação, um outro alvo também foi preso. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa e cumpridos nos bairros de Rocha Miranda, Honório Gurgel e Irajá, com o apoio de diversas unidades policiais.

De acordo com o Ministério Público, as investigações revelaram pagamentos feitos por seis denunciados para Suel, resultando em um saldo de conta significativo. A denúncia apresentada destaca a relação dos criminosos com o líder da quadrilha, mostrando conversas que evidenciam a hierarquia estabelecida dentro do esquema. Além disso, foram encontradas mensagens discutindo cortes no fornecimento dos serviços ilegais, planilhas de clientes e outros detalhes da operação GatoNet.

A primeira fase da operação Jammer, realizada em conjunto com a Polícia Federal, revelou que o dinheiro obtido com a exploração ilegal dos serviços na zona norte do Rio foi utilizado para pagar o advogado de um dos envolvidos no assassinato de Marielle e Anderson. A investigação também apontou que Suel e Ronnie estruturaram o esquema ilegal em diversos bairros desde 2018. Suel atuava como dono da GatoNet, enquanto Ronnie investia dinheiro em troca de lucros com a atividade ilegal. A denúncia destaca a participação de Ronnie através de seu histórico de violência e contatos corruptos na polícia para controlar os territórios onde o serviço era oferecido.

A operação Jammer demonstra a atuação incansável das autoridades no combate ao crime organizado e na busca por justiça nas investigações relacionadas à exploração ilegal de serviços como a GatoNet. A sociedade espera que essas ações contribuam para a garantia da segurança e legalidade nos serviços de telecomunicação, televisão e internet na região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo