Nesta terça-feira, a PF realizou uma ação que resultou na prisão preventiva de três pessoas, entre elas um bombeiro militar identificado como líder da organização criminosa, e cumpriu 20 mandados de busca e apreensão. A quadrilha é acusada de capturar ilegalmente, receptar e traficar animais silvestres, incluindo espécies em extinção, com a falsificação de documentos dos bichos.
Segundo as investigações, a quadrilha operava na venda de animais pela internet, com valores que variavam de R$ 20 mil a R$ 120 mil. Especificamente, os macacos-prego traficados somavam pelo menos 120 animais em um ano, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Além dos macacos, a organização criminosa também comercializou araras, pássaros, cervos, iguanas e papagaios, com um faturamento ilícito estimado em R$ 2,4 milhões.
Durante a operação, os agentes encontraram dois cobras em uma das residências investigadas e um pônei em péssimas condições em frente à casa do bombeiro militar, que é considerado o principal alvo da ação. Além disso, foram apreendidas sete armas e munições na residência de um casal também envolvido no esquema.
Os envolvidos enfrentarão diversas acusações, como organização criminosa, receptação qualificada, crime ambiental, falsificação de documentos, entre outros. As penas somadas podem chegar a 58 anos de reclusão. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro repudiou veementemente as condutas ilícitas e afirmou colaborar com as autoridades nas investigações.
A Polícia Federal segue trabalhando no combate ao tráfico de animais silvestres e na desarticulação de redes criminosas que operam ilegalmente nesse mercado. A conscientização sobre a proteção da fauna é fundamental para preservarmos a biodiversidade e garantir o bem-estar dos animais.