Durante a operação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra dois jogadores do Santa Maria, suspeitos de envolvimento na manipulação de resultados. O senador ressaltou que os jogadores podem enfrentar acusações criminais, tendo em vista que o clube foi rebaixado após encerrar o campeonato em último lugar.
De acordo com o senador, o Ministério Público descobriu que um grupo de apostadores teria cadastrado palpites em casas de apostas online já cientes dos resultados dos jogos. Além disso, foi apresentada evidência de que as apostas eram feitas com a certeza de que o Santa Maria seria derrotado por placares expressivos, o que de fato ocorreu. Os jogadores do clube podem ser acusados de corrupção passiva esportiva, fraude em evento esportivo, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Kajuru enfatizou a importância de medidas mais rigorosas por parte das federações estaduais e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para combater a corrupção no futebol nacional. Ele também citou a análise da empresa Sportradar, contratada pela CBF para investigar jogos realizados a partir de 2017 e identificar possíveis situações suspeitas.
O senador expressou sua esperança de que o Ministério Público do Distrito Federal aprofunde as investigações da Operação Fim de Jogo, analisando outras partidas com indícios de irregularidade. Ele ressaltou a divulgação de um levantamento que indicou 109 jogos no futebol brasileiro no ano passado com possibilidade de manipulação, incluindo partidas das Séries D e B. Kajuru enfatizou a necessidade de ação firme por parte dos Ministérios Públicos de outros estados para coibir a corrupção no esporte.