Os caminhões passaram pelo portão 96 da cerca de segurança, um ponto de passagem próximo ao kibutz Be’eri, no sul de Israel. Segundo informações dos militares israelenses, a ajuda transportada pelo comboio pertencia ao Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM). Essa ação foi descrita como um projeto-piloto para evitar que o Hamas assumisse o controle da assistência humanitária.
Havia uma grande pressão por parte da ONU para que Israel permitisse o uso de uma estrada israelense que passa ao lado da fronteira de Gaza para facilitar a entrega de ajuda humanitária no norte do enclave. Essa foi a primeira vez que Israel autorizou tal ação desde o início do conflito, que teve início em outubro do ano passado.
A entrega de alimentos suficientes para 25 mil pessoas na Cidade de Gaza marcou um marco importante, visto que a escassez de alimentos e o aumento da fome têm assolado a região. Porém, a situação crítica persiste, com cerca de 500 mil habitantes de Gaza vivendo em situação de fome ou catástrofe humanitária, conforme dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
Diante desse cenário alarmante, a pressão internacional sobre Israel tem aumentado nos últimos dias, com a União Europeia denunciando o uso da fome como arma de guerra. Diversos esforços multinacionais foram iniciados para fornecer auxílio a Gaza, incluindo embarques marítimos e aéreos. No entanto, os caminhões ainda são considerados a melhor abordagem para garantir a entrega eficaz de ajuda humanitária à população necessitada.
Em meio a essas ações, navios iniciaram um corredor marítimo entre Chipre e a Faixa de Gaza, buscando levar suprimentos essenciais à região. O contexto humanitário em Gaza continua desafiador, com a necessidade urgente de mais pontos de entrada para a assistência humanitária a fim de atender às necessidades básicas da população local.
