Extrema-direita holandesa não consegue formar governo no Parlamento mesmo após vitória eleitoral em novembro.

Após a vitória eleitoral em novembro, o líder da extrema-direita holandesa, Geert Wilders, anunciou nesta quarta-feira que seu partido, o Partido pela Liberdade (PVV), não será capaz de formar um governo no Parlamento devido à falta de apoio para formar uma coalizão. Wilders expressou sua frustração nas redes sociais, afirmando que só poderia se tornar primeiro-ministro se todos os partidos da coalizão o apoiassem, o que não aconteceu.

A vitória de Wilders causou surpresa não apenas na Holanda, mas em toda a Europa. O político, conhecido por sua postura anti-imigração, tentou inicialmente formar uma coalizão com o partido liberal VVD, o partido de agricultores BBB e os centristas do NSC. No entanto, as negociações fracassaram no mês passado.

No sistema político holandês, altamente fragmentado, são necessários meses de negociações para a formação de um governo. Wilders conquistou 37 dos 150 assentos do Parlamento, o que significa que ele precisava do apoio de outros 39 para alcançar uma maioria de 76.

Diante desse impasse, especula-se que o país poderá caminhar para a formação de um governo de tecnocratas. A imprensa local destacou que a Holanda, conhecida por suas políticas progressistas, poderia enfrentar um novo cenário político diante da incapacidade de Wilders em formar uma coalizão.

É importante ressaltar que o avanço da retórica conservadora na Europa não é novidade, com a extrema-direita ganhando espaço em diversas nações nos últimos anos. Na Holanda, a questão da imigração foi central na campanha, com propostas como realizar um referendo sobre a permanência do país na União Europeia.

Além disso, a crise imobiliária também foi um tema relevante, com a responsabilidade sendo atribuída tanto aos imigrantes pela extrema-direita do PVV quanto pelos governistas do VVD. Diante desses desafios, a Holanda poderá enfrentar um período de incerteza política e de busca por novas soluções para os problemas enfrentados pelo país.

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