Suécia se recusa a repatriar crianças e adultos jihadistas da Síria, alegando ameaça à segurança nacional.

O governo da Suécia anunciou na quarta-feira que não irá participar do processo de repatriação de crianças e adultos que estão em campos de prisioneiros jihadistas no nordeste da Síria. O ministro das Relações Exteriores, Tobias Billström, declarou que o governo não tomará medidas para que cidadãos suecos ou pessoas com vínculos com a Suécia retornem ao país.

Segundo Billström, a Suécia não tem obrigações legais de trazer de volta essas pessoas que se encontram em campos superlotados, como o de Al-Hol, onde mais de 43 mil pessoas vivem sob condições precárias, incluindo refugiados de diferentes nacionalidades, entre eles, famílias de jihadistas do Estado Islâmico.

O ministro enfatizou que os suecos que ainda estão em Al-Hol tiveram oportunidades de deixar o local e retornar à Suécia, mas optaram por permanecer. Atualmente, cinco crianças com vínculos com a Suécia estão em campos com suas mães, e dez homens estão detidos em prisões curdas.

A recusa da Suécia em repatriar essas pessoas se justifica pela preocupação com a segurança nacional. O ministro alertou que a possibilidade de que esses cidadãos suecos ou com vínculos com a Suécia representem uma ameaça à segurança do país em caso de retorno.

Essa decisão do governo sueco levanta questões sobre as responsabilidades de países europeus em relação aos seus cidadãos que se envolveram em conflitos no exterior. A difícil situação humanitária nos campos de prisioneiros e a necessidade de uma abordagem coordenada para lidar com o retorno de combatentes estrangeiros são desafios que a Suécia e outros países enfrentam atualmente.

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