Tarek William Saab anuncia detenção de opositor e militar desertor em nova conspiração contra Nicolás Maduro.

O Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13) a prisão de duas pessoas – um líder da oposição e um militar desertor – que estariam envolvidas em uma suposta conspiração para assassinar o presidente Nicolás Maduro.

Saab informou que os detidos, identificados como Whilfer Piña, líder do partido opositor La Causa R, e o sargento da Guarda Nacional Renzo Flores, serão acusados de terrorismo por conspiração, associação e tentativa de magnicídio. Segundo o Procurador-Geral, as investigações revelaram que os dois planejavam o atentado contra Maduro há cerca de um ano.

As ameaças contra o presidente teriam sido feitas através do WhatsApp de Piña, onde ele publicou uma mensagem que indicava a morte de Maduro em Maturín. Saab apresentou capturas de tela das conversas de Piña com Flores, que discutiam detalhes do plano de atentado.

Além disso, Saab afirmou que os detidos pretendiam recrutar 50 militares, incluindo ex-colegas de Flores da Academia Militar, para realizar uma tentativa de golpe de Estado, planejando tomar um tanque e arsenal de um quartel militar.

Essa não é a primeira vez que o chavismo denuncia tentativas de magnicídio contra Nicolás Maduro. No decorrer de 2023 e início de 2024, cerca de quarenta pessoas foram presas por supostos atos conspiratórios contra o presidente. Entre os detidos estão ativistas de direitos humanos e diretores de campanha da opositora María Corina Machado.

Após a prisão de Piña, o partido La Causa R se manifestou, rejeitando a detenção e classificando-a como um “sequestro”. As alegações de tentativas de magnicídio são recorrentes no atual cenário político da Venezuela.

Ao que parece, a instabilidade política e as tensões no país sul-americano continuam a marcar os rumos da governação de Nicolás Maduro.

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