Atentado na Lituânia eleva temor de infiltração russa nos países bálticos: oposição exilada pede proteção aos governos europeus.

O atentado brutal contra Leonid Volkov, braço direito do líder da oposição russa Alexei Navalny, ocorrido na noite de terça-feira (12) em Vilna, capital da Lituânia, elevou os temores de uma possível infiltração dos serviços secretos russos nos países bálticos. O governo lituano não hesitou em apontar o Kremlin como o mandante por trás desse ataque covarde a Volkov, que resultou em um braço quebrado e 15 golpes de martelo na perna da vítima.

Os países bálticos, formados por Estônia, Letônia e Lituânia, estão numa situação de extremo alerta em relação às ações de Moscou em seus territórios. Essas nações ex-soviéticas, agora integradas à União Europeia e à Otan, têm aumentado as acusações e os alertas sobre possíveis iniciativas russas para desestabilizá-las e perseguir cidadãos russos refugiados em seus domínios.

Além disso, as tensões entre os países bálticos e a Rússia se intensificaram devido ao posicionamento dessas nações em apoio à Ucrânia. A Estônia e a Letônia, em especial, possuem minorias étnicas russas, que o Kremlin insiste em afirmar que estão sendo discriminadas, tornando-as alvo de ameaças e tensionando as relações políticas entre as partes.

Os recentes incidentes de prisões de cidadãos russos por suspeita de espionagem nesses países bálticos apenas agravam o clima de desconfiança mútua. No entanto, as autoridades locais permanecem firmes em suas posições e denúncias, mostrando resistência diante das investidas russas.

Essa escalada de tensão não se limita apenas aos países bálticos. A Europa como um todo tem sido palco de diversos ataques e ações de espionagem russa, o que tem levado governantes e especialistas a alertarem para a crescente ingerência e agressividade do Kremlin no continente. A comunidade internacional deve, portanto, permanecer vigilante e unida contra os abusos e manipulações do regime russo.

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