Aumento no número de membros dos principais grupos armados apesar das negociações de paz na Colômbia preocupa governo.

O governo colombiano reconheceu um aumento no número de combatentes dos principais grupos armados do país, mesmo com as negociações de paz que foram iniciadas no final de 2022. Esse aumento foi reportado em um artigo do portal La Silla Vacía, que menciona um crescimento de 11% no número de membros da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) e de dois grupos dissidentes do acordo de paz de 2016 com as Farc, conhecidos como Estado-Maior Central (EMC) e Segunda Marquetalia. Além disso, a organização narcotraficante Clã do Golfo também está se fortalecendo, de acordo com o mesmo relatório.

Questionado sobre esse aumento, o ministro da Defesa, Iván Velásquez, admitiu à imprensa que houve um crescimento no número de membros do ELN, EMC e Clã do Golfo. Enquanto o governo busca negociar tréguas com esses grupos armados, a oposição critica a postura indulgente do Executivo em relação a eles, responsabilizando-o pela deterioração da ordem pública.

Embora o presidente Gustavo Petro tenha como objetivo encerrar o conflito armado de seis décadas na Colômbia através do diálogo, as negociações de paz têm enfrentado turbulências. A trégua com os dissidentes do EMC foi suspensa por vários meses em 2023 e o cessar de hostilidades com o ELN foi violado diversas vezes pelos rebeldes, que também alegam agressões das forças públicas.

Segundo o portal La Silla Vacía, o total de combatentes dos grupos armados somou 16.770 em 2023, em comparação com cerca de 15.120 no ano anterior. Esse aumento representa um desafio para o governo colombiano, que precisa lidar com a crescente presença desses grupos armados e garantir a segurança e estabilidade no país.

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