Brasil sobe em ranking de IDH, mas ainda não retoma níveis pré-pandêmicos, aponta relatório do Pnud em 2022.

O Brasil apresentou um aumento no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2021 para 2022, passando de 0,756 para 0,760, conforme divulgado em um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta quinta-feira (13). O crescimento do IDH foi positivo, indicando uma melhora em indicadores como riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida e natalidade. No entanto, apesar do avanço no IDH, o Brasil sofreu uma queda de duas posições no ranking global da ONU, agora ocupando a 89ª posição entre 193 países.

Comparando com dados pré-pandemia, o país ainda não retornou ao índice de 2019, que era de 0,764. As oscilações no IDH ao longo dos anos são reflexo de diversos fatores socioeconômicos que impactam o bem-estar da população. Desde 1990, o IDH do Brasil teve um crescimento de 22,6%, porém, em 2015, 2020 e 2021 houve quedas nesse indicador. Um dos desafios apontados pelo relatório do Pnud é o aumento da distância entre os IDHs dos países ricos e pobres desde o início da pandemia, revertendo a tendência de aproximação observada anteriormente.

Especialistas destacam que o país enfrenta dificuldades econômicas desde 2015, agravadas pela pandemia de covid-19. Mesmo com políticas de transferência de renda como o Auxílio Emergencial e o atual Bolsa Família, a retomada do IDH ao nível pré-pandêmico não foi alcançada. Além disso, houve uma redução de verbas das políticas sociais no Brasil até 2022, o que contribuiu para piorar as condições de vida da população, refletindo no IDH.

No âmbito internacional, o Brasil ficou na 17ª posição na América Latina e Caribe, atrás de países como México, Equador, Cuba e Peru. Enquanto na classificação global, países como Suíça, Noruega e Islândia lideram o ranking, e Somália e Sudão do Sul possuem os piores índices. Em meio a essas variações no IDH, é essencial manter o foco em políticas que possam promover o desenvolvimento humano e a redução das desigualdades para garantir o bem-estar de toda a população.

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