Chanceler brasileiro evita questões sobre Israel e Gaza no Senado em meio a polêmica com Lula e críticas da oposição.

Os senadores de oposição não abordaram, nessa quinta-feira (14), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre as relações entre Israel e Brasil ou sobre a guerra na Faixa de Gaza, em meio a uma controvérsia envolvendo declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que comparavam as ações de Israel em Gaza às de Hitler na 2ª Guerra Mundial.

A manifestação de Lula gerou críticas de senadores de oposição, mas durante a sessão no Senado, alguns parlamentares escolheram direcionar perguntas ao chefe do Itamaraty sobre temas como a guerra na Ucrânia, as eleições na Venezuela e a posição do Brasil em uma suposta nova ordem mundial.

O senador Hamilton Mourão argumentou sobre a possível transição de ordem global após a 2ª Guerra Mundial e questionou onde o Brasil se encaixaria nesse cenário. Segundo ele, o mundo estaria se dividindo entre China, Rússia e Irã de um lado e países ocidentais do outro.

Em resposta, o ministro Vieira destacou a importância do Brasil em promover um mundo multipolar, estabelecendo relações com todos os países do planeta. Ele ressaltou a busca por cooperação e parcerias globais.

Outro senador, Sérgio Moro, questionou o chanceler sobre a situação de Maria Corina Machado, candidata a eleições presidenciais na Venezuela, que foi inabilitada. Vieira afirmou que o Brasil trabalha para possibilitar eleições justas na Venezuela, mas que não interfere em questões internas de outros países.

Espiridião Amim, mesmo não abordando diretamente o conflito em Gaza, comentou brevemente sobre a importância da questão para as relações internacionais do Brasil.

Vieira fez uma análise crítica das ações de Israel em Gaza, chamando a atenção para as violações do direito humanitário internacional. Ele ainda informou que fará uma viagem ao Oriente Médio para discutir questões regionais, incluindo o conflito em Gaza.

O ministro ressaltou a importância das relações bilaterais e da cooperação técnica, comércio e investimentos, além de tratar da crise humanitária em Gaza e a busca por uma paz duradoura no Oriente Médio. A viagem incluirá visitas a países como a Palestina ocupada, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita.

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