Confrontos armados em Porto Príncipe abalam a calmaria após renúncia do primeiro-ministro e instalação de autoridades transitórias no Haiti

As ruas de Porto Príncipe foram cenário de violentos confrontos armados nesta quinta-feira (14), após três dias de relativa calmaria. Enquanto isso, continuam as negociações para estabelecer autoridades transitórias com o objetivo de tirar o Haiti da grave crise política, de insegurança e humanitária em que se encontra.

A capital, que atualmente está sob controle de gangues em 80% de seu território, foi palco de tiros de armas automáticas na quarta-feira à noite e madrugada desta quinta-feira, como reportado por correspondentes. Moradores de bairros como Vivy Mitchel relataram medo e tensão devido à proximidade dos tiroteios.

Além disso, tiros foram ouvidos nas proximidades do Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, que está fechado desde o início do mês devido aos ataques das poderosas gangues armadas contra locais estratégicos. Um agente foi atingido por uma bala perto do aeroporto e precisou ser hospitalizado.

Esses episódios de violência ocorrem em meio a um cenário de transição política, depois da renúncia do então primeiro-ministro Ariel Henry na segunda-feira. A Comunidade do Caribe (Caricom) anunciou a formação iminente de um conselho presidencial de transição, composto por sete membros representando diferentes forças políticas do país e do setor privado.

Enquanto isso, a ONU planeja estabelecer uma ponte aérea entre o Haiti e a República Dominicana para levar suprimentos e transferir pessoal internacional não essencial. A União Europeia já evacuou todo o seu pessoal do Haiti devido à atual situação de instabilidade no país.

A reação das gangues armadas e a evolução da crise política no Haiti continuam a ser observadas com atenção pelas autoridades e organismos internacionais, diante do desafio de restabelecer a paz e a estabilidade na nação caribenha. A tensão persiste, enquanto o povo haitiano aguarda por dias melhores e a resolução dos conflitos que assolam o país.

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