Crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave é sinalizado em boletim da Fiocruz abrangendo todos os vírus respiratórios no Brasil.

O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (14) pela renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), traz dados alarmantes sobre o crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o Brasil. De acordo com a Fiocruz, esse aumento é resultado da circulação de diversos tipos de vírus no país, incluindo o Sars-CoV-2 (covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim, referente à Semana Epidemiológica (SE) 10, destaca que os casos de SRAG por covid-19 estão em ascensão nos estados do Centro-Sul, enquanto houve desaceleração desse crescimento em idosos em locais como Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Já os casos de SRAG por influenza A aumentaram em estados do Nordeste, Sudeste e Sul, com um aumento combinado de casos por covid-19 nessas regiões. Além disso, os casos associados ao VSR estão crescendo em todos os estados do país.

Um ponto muito preocupante ressaltado no boletim é o impacto da SRAG em crianças de até dois anos de idade, com o VSR sendo o principal agente desse aumento. O vírus da influenza também tem contribuído para o aumento de casos em crianças, pré-adolescentes e idosos. A mortalidade por SRAG continua mais elevada entre os idosos, com predominância de óbitos relacionados ao covid-19.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destacou que o recente aumento de casos entre o grupo de 5 a 14 anos pode estar relacionado ao rinovírus, à influenza e ao Sars-CoV-2. Dos casos positivos este ano, 65,4% são de covid-19, 12,7% de VSR, 10,1% de influenza A e 0,3% de influenza B.

Segundo os dados do boletim, 24 estados apresentam sinais de crescimento de SRAG a longo prazo, e 20 capitais mostram aumento nos casos da síndrome. Nacionalmente, a tendência tanto a longo quanto a curto prazo indica expansão. Até o momento, foram notificados mais de 16 mil casos de SRAG em 2024, com mais de mil óbitos registrados.

Diante desse panorama preocupante, é fundamental que as autoridades de saúde intensifiquem as medidas de prevenção e controle, bem como a vacinação da população para evitar o avanço dessas síndromes respiratórias graves no país. É essencial que a população continue seguindo as recomendações das autoridades sanitárias para minimizar a propagação desses vírus e salvar vidas.

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