Esta lei, denominada “anistia para a normalização institucional, política e social na Catalunha”, foi descrita por Sánchez como um “passo corajoso e necessário para o reencontro”. O presidente acrescentou que a Catalunha está entrando em um “novo tempo de convivência e prosperidade”.
Por sua vez, Carles Puigdemont afirmou que a anistia não busca encerrar um capítulo, mas sim superar um período de repressão judicial contra o movimento separatista. A deputada catalã Pilar Vallugera destacou que o próximo passo no conflito político será o exercício do direito à autodeterminação.
A futura lei, que beneficiará cerca de 400 pessoas, visa retirar acusações e condenações de ativistas e líderes separatistas, relacionadas à tentativa de secessão da Catalunha em 2017. Este evento foi considerado uma das piores crises políticas da Espanha contemporânea.
Para Sánchez, a aprovação da lei será crucial para manter sua posição como presidente do Governo. A mudança de opinião do líder, que inicialmente se opunha à anistia, reflete a importância do apoio dos partidos separatistas catalães.
A votação pelos deputados ocorre em um momento de tensão política na Espanha, com a convocação de eleições regionais antecipadas na Catalunha. Esta decisão de Pere Aragonès, do Esquerda Republicana da Catalunha, teve impacto direto sobre Sánchez, que precisou adiar a apresentação do projeto de lei orçamentária para 2024.
O retorno de Puigdemont, previsto para ocorrer após a entrada em vigor da lei, traz expectativas para os próximos desdobramentos políticos na Catalunha. Sua participação no debate de investidura e possibilidade de concorrer a um novo mandato como eurodeputado trazem novos elementos para o cenário político catalão.
Dessa forma, a aprovação da lei de anistia para os separatistas catalães marca um novo capítulo na busca pela reconciliação e normalização política na região. Todos os olhares estão voltados para as próximas fases desse processo, que promete impactar significativamente a política espanhola e catalã.