Filho do presidente da Colômbia acusa Ministério Público de pressão para depor contra pai em investigação sobre financiamento de campanha com dinheiro do narcotráfico.

Em um escândalo político que abalou a Colômbia, o filho mais velho do presidente Gustavo Petro, Nicolás Petro Burgos, veio a público nesta quinta-feira (14) para denunciar que foi pressionado pelo Ministério Público a testemunhar contra seu próprio pai em uma investigação sobre o possível financiamento da campanha presidencial com dinheiro do narcotráfico.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Nicolás Petro Burgos afirmou que o promotor Mario Burgos o pressionou, prometendo que ele não seria preso preventivamente, em troca de seu depoimento contra o presidente. Nicolás compareceu perante a Comissão de Acusações da Câmara Baixa do Congresso para enfrentar as acusações de lavagem de dinheiro que pesam sobre ele.

A situação levou à possibilidade de impeachment do presidente, caso o Senado decida destituí-lo do cargo. Nicolás Petro foi detido em julho de 2023 e posteriormente foi liberado para aguardar o julgamento em liberdade condicional. As acusações envolvem a recepção de grandes quantias de dinheiro do narcotráfico quando ele atuava como delegado da campanha presidencial de seu pai.

Segundo o Ministério Público, Nicolás teria recebido valores significativos de traficantes, que teriam financiado a campanha presidencial de 2022. O presidente negou veementemente ter conhecimento ou ter utilizado esse dinheiro para ascender ao poder. Nicolás Petro, por sua vez, emitiu um novo depoimento, negando que o pai estivesse ciente da origem do dinheiro.

O escândalo político na Colômbia toma proporções cada vez maiores, com acusações de lavagem de dinheiro e possíveis ligações com o narcotráfico envolvendo o presidente e seu filho. A população aguarda por mais detalhes e desdobramentos desse caso que abala a estabilidade política do país.

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