Governo federal espera queda de 20% no preço do arroz e discute incentivos para redução de preços dos alimentos no plano safra 2024/25

O governo federal estima que o preço do arroz poderá cair cerca de 20% nas próximas semanas, como parte de um esforço para amenizar a alta dos preços dos alimentos que afetou os consumidores no final de 2023 e no início deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com ministros nesta quinta-feira (14) para discutir estratégias para mitigar a inflação no setor alimentício.

Durante o período de novembro a janeiro, o custo dos alimentos foi o principal fator a contribuir para o aumento da inflação, impactando diretamente o orçamento dos brasileiros. A incidência de condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas e um maior volume de chuvas em diversas regiões do país, afetou a produção de alimentos e, consequentemente, os preços.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ressaltou que o aumento dos preços foi sazonal e afirmou que o governo está empenhado em garantir que a comida chegue de forma acessível à mesa dos brasileiros. Ele destacou que já houve uma redução nos preços para os produtores e que essa diminuição deverá ser repassada aos consumidores, especialmente no caso do arroz, prevista para ocorrer entre março e abril.

De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, é esperado que o abatimento nos preços seja repassado aos consumidores pelas empresas atacadistas no momento da reposição de estoques a preços mais baixos. Fávaro explicou que fatores como as enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do país, contribuíram para a instabilidade no mercado, mas que a expectativa é de que os preços continuem em queda com a evolução da colheita.

Além das medidas emergenciais para redução dos preços, o governo também está discutindo mudanças para o próximo plano safra, visando incentivar a produção de alimentos essenciais como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca. O aumento da diversificação e a desconcentração das regiões produtoras estão entre as estratégias planejadas para estimular a produção e garantir o abastecimento do mercado interno.

O plano inclui ações como a facilitação de crédito, a formação de estoques públicos e uma política de preço mínimo, focadas principalmente em beneficiar a agricultura familiar. Outras medidas governamentais poderão ser implementadas caso as ações estruturantes não surtam o efeito desejado, com o objetivo de garantir a estabilidade dos preços e o aumento da renda dos produtores.

O presidente Lula deverá receber representantes de diferentes setores do agronegócio nas próximas semanas, com a intenção de ouvir as demandas e buscar soluções para os desafios enfrentados pelo setor. A reunião contou com a participação de diversos ministros e autoridades responsáveis pela pasta agrária, demonstrando o comprometimento do governo em buscar alternativas para garantir a segurança alimentar e a estabilidade econômica do país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo