A portaria que designa os membros desse GT foi publicada recentemente no Diário Oficial da União e conta com a participação de representantes de sete ministérios e 19 integrantes da sociedade civil, academia e entidades especializadas no assunto. A iniciativa visa à produção de um guia orientativo para familiares, cuidadores e educadores, além de servir de base para a criação de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social e proteção dos mais vulneráveis.
O aumento significativo das taxas de lesões autoprovocadas intencionalmente por crianças e adolescentes nos últimos anos, relacionadas ao uso de telas conectadas à internet, foi um dos principais motivadores para a criação desse grupo de trabalho. Estudos apontam que o uso abusivo de dispositivos eletrônicos pode acarretar uma série de prejuízos à saúde física, cognitiva e emocional dessa faixa etária.
O debate sobre os impactos do uso exacerbado de telas por crianças e adolescentes é cada vez mais urgente e necessário. Especialistas alertam para os riscos de exposição a conteúdos inapropriados, exploração, cyberbullying e outros perigos associados ao mundo digital. Além disso, ressaltam a importância de se promover atividades que estimulem o desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional dos jovens, como esportes, cultura e contato com a natureza.
Diante desse cenário, é fundamental que sejam adotadas medidas preventivas e educativas, tanto por parte das famílias e escolas, quanto do governo e das empresas de tecnologia. O objetivo é garantir o uso saudável e responsável da tecnologia, visando o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes. A participação ativa de diversos setores da sociedade nesse debate é essencial para a construção de um ambiente digital mais seguro e saudável para as gerações futuras.