Ministra da África do Sul alerta para prisão de cidadãos que lutam nas Forças Armadas de Israel em Gaza

A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, fez uma declaração contundente esta semana em relação aos cidadãos sul-africanos que estão lutando nas Forças Armadas de Israel ou ao lado delas na Faixa de Gaza. Durante um evento em solidariedade aos palestinos, a ministra enfatizou que esses indivíduos enfrentarão consequências ao retornarem para casa – serão presos.

O posicionamento da ministra gerou aplausos da plateia presente no evento, que contou com autoridades do partido governante, o Congresso Nacional Africano. Em dezembro, o ministério das Relações Exteriores do país expressou preocupação com a possibilidade de cidadãos sul-africanos terem se juntado ao Exército israelense para lutar em Gaza. E alertou que tais ações poderiam resultar em acusações sob as leis de controle de armas da África do Sul, além de colocar em risco a cidadania sul-africana-israelense.

De acordo com informações da Associated Press, ainda não está claro quantos sul-africanos estão envolvidos no conflito em Gaza. A África do Sul possui uma população judaica estimada em 70 mil pessoas. O governo sul-africano tem se posicionado de forma enfática em apoio ao povo palestino, chegando a apresentar uma queixa contra Israel na Corte Internacional de Justiça, acusando as autoridades do país de genocídio contra civis em Gaza.

Recentemente, a CIJ acatou o pedido da África do Sul para iniciar uma investigação sobre os supostos crimes de genocídio cometidos por Israel. O governo sul-africano também solicitou medidas urgentes para combater a fome generalizada e um cessar-fogo imediato no conflito. A ministra Pandor incentivou manifestações do lado de fora das embaixadas dos principais apoiadores de Israel, pedindo apoio ao povo da Palestina.

Essas declarações evidenciam a postura firme da África do Sul em relação ao conflito em Gaza, bem como a pressão internacional exercida sobre Israel para buscar soluções pacíficas e garantir o respeito aos direitos humanos. O caso seguirá em investigação na CIJ, podendo desdobrar-se em anos até um veredito final.

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