Segundo o ministro das Relações Exteriores, crianças estão morrendo de fome no norte do enclave de Gaza devido à escassez de alimentos e insumos médicos. Ele ressaltou que mais de 15 mil toneladas de ajuda humanitária internacional estão aguardando aprovação do governo israelense para entrar em Gaza, sendo a maioria desses suprimentos alimentos.
Vieira compareceu ao Senado a convite do presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Renan Calheiros, para tratar das tensões entre Brasil e Israel após declarações polêmicas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula acusou o governo de Tel Aviv de praticar genocídio contra o povo palestino, comparando as ações em Gaza às atrocidades cometidas por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
O ministro Mauro Vieira lamentou a retenção de parte da ajuda humanitária enviada pelo Brasil para Gaza e criticou a postura de Israel em relação aos purificadores de água movidos à energia solar. Além disso, ele abordou a falta de diálogo e avanços no conflito entre Israel e a Palestina, enfatizando a necessidade de uma solução de dois estados reconhecida internacionalmente.
Em sua fala, Vieira destacou a posição do Brasil em favor do diálogo e das negociações para alcançar uma paz duradoura na região, reiterando a condenação do governo brasileiro aos ataques do Hamas contra Israel e à utilização desproporcional da força por parte de Tel Aviv. Ele alertou para o aumento dos assentamentos ilegais de Israel na Palestina e defendeu o respeito ao direito internacional para a resolução do conflito.
Portanto, a presença do ministro no Senado foi crucial para reforçar a posição do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Palestina e denunciar as violações do direito humanitário internacional cometidas por Israel em Gaza. A defesa de uma solução pacífica e baseada no respeito aos direitos humanos foi o ponto central do discurso de Mauro Vieira perante os senadores.
