De acordo com as informações obtidas através da plataforma Vigidesastres, desenvolvida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da SES-RJ, que reúne dados sobre desastres e danos causados por eventos climáticos nos 92 municípios fluminenses, este foi o primeiro verão em que a secretaria contou com esse recurso.
Por meio do monitoramento dos sistemas de saúde locais, realizado com o auxílio da Vigidesastres, a SES-RJ conseguiu reunir informações essenciais para tomar decisões rápidas e precisas diante da situação de emergência. Como forma de minimizar os impactos causados pela chuva, os municípios mais afetados receberam da secretaria desde hipoclorito de sódio para purificação da água até diversos medicamentos, insumos e equipamentos médicos.
Durante o período abrangido pelo levantamento, várias cidades como Queimados, Paracambi, Mendes, Japeri, Engenheiro Paulo de Frontin e Barra do Piraí solicitaram apoio à secretaria de saúde, que precisou ajustar a logística de distribuição dos materiais. Para garantir o abastecimento das unidades de saúde e reduzir os impactos nas comunidades atingidas, a SES-RJ disponibilizou sua frota de veículos terrestres e aéreos, incluindo ambulâncias e motolâncias.
A superintendente de Emergências em Saúde Pública, Silvia Carvalho, alertou para o aumento nos casos de doenças transmitidas pela água e lama contaminadas, como a leptospirose e as doenças diarreicas, reforçando a importância do manejo clínico adequado para prevenir internações e óbitos. Durante o período analisado, 23 municípios enfrentaram 36 eventos climáticos, em sua maioria relacionados a chuvas intensas e enxurradas, com maior impacto nas regiões centro-sul, metropolitana e Médio Paraíba.
Diante desse cenário preocupante, é essencial que as autoridades continuem monitorando a situação e prestando apoio às comunidades afetadas, visando minimizar os danos causados pelas fortes chuvas no estado do Rio de Janeiro.
