A notícia do falecimento foi divulgada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que destacou a importância de Jaqueline como a primeira estudante indígena a ser eleita em uma chapa do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a primeira a ocupar o cargo de coordenadora-geral. Sua atuação no movimento indígena, tanto em nível regional quanto nacional, era reconhecida e admirada.
Além disso, Jaqueline também era engajada na defesa das mulheres, acompanhando denúncias e auxiliando vítimas de violência ao encaminhá-las para o escritório modelo de assessoria jurídica da FURG (EMAJ). Sua participação no movimento estudantil, na luta contra o racismo e na defesa de uma residência específica para estudantes indígenas demonstrava seu comprometimento com as causas que acreditava.
A trágica morte de Jaqueline ocorreu em um acidente durante as comemorações de sua formatura em Direito, que aconteceu no dia 9 de março deste ano. A jovem sofreu queimaduras em 30% do corpo e não resistiu. A APIB já solicitou uma investigação por parte dos órgãos competentes para que a morte de Jaqueline não fique impune.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também lamentou a perda, ressaltando que Jaqueline estava internada na UTI da Santa Casa de Rio Grande (RS) há uma semana. Em nota, a Funai expressou solidariedade à família, amigos e ao povo Kaingang, destacando a importância da jovem líder para a causa indígena e para a sociedade como um todo.
A morte de Jaqueline Tedesco deixa uma lacuna no movimento estudantil e indígena, mas seu legado de luta e determinação certamente continuará inspirando gerações futuras.