Líderes do Hamas e rebeldes huthis se reúnem para coordenar ações contra Israel em encontro secreto no Oriente Médio.

Em uma reunião de alto nível que ocorreu na semana passada, líderes do Hamas, da Jihad Islâmica e da Frente Popular para a Libertação da Palestina se encontraram com membros do grupo rebelde huthis do Iêmen para discutir a coordenação de suas ações contra Israel. As fontes desses movimentos palestinos indicaram à AFP que o encontro foi de extrema importância e teve como objetivo estabelecer mecanismos para fortalecer a resistência diante do conflito em curso com Israel.

Embora as informações sobre o local exato da reunião e seus participantes não tenham sido divulgadas, ficou claro que as discussões envolveram estratégias de coordenação para a próxima fase da guerra entre o Hamas e Israel. Além disso, os representantes palestinos e huthis abordaram a possibilidade de uma operação israelense em Rafah, cidade localizada no sul da Faixa de Gaza e habitada por cerca de um milhão e meio de pessoas deslocadas.

Os huthis garantiram que continuarão realizando operações no Mar Vermelho em apoio à resistência palestina, conforme informaram fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, que preferiram manter o anonimato. Esses grupos fazem parte do chamado “eixo de resistência”, que inclui movimentos hostis a Israel e aos Estados Unidos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah libanês e milícias do Iraque.

No contexto mais amplo da guerra em andamento entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque do movimento islâmico no início de outubro, os huthis têm realizado ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho como forma de demonstrar solidariedade aos palestinos de Gaza. Em um discurso recente, o líder dos huthis, Abdel Malek al Huthi, afirmou que o grupo pretende expandir suas operações para atingir navios que navegam no Oceano Índico em direção ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.

Essa reunião entre os líderes dos movimentos palestinos e dos huthis traz à tona as complexidades e os desdobramentos imprevisíveis do conflito na região, indicando possíveis movimentações futuras que podem afetar as relações geopolíticas e a dinâmica de poder no Oriente Médio.

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