A família numerosa e próxima de Deolira se reuniu para celebrar a data especial com um bolinho simples. Sua neta, Leila Ferreira da Silva, testemunha a resistência e vitalidade da avó, destacando que ela nunca perdeu uma noite de sono nem foi de excessos. Aos 63 anos, Leila faz questão de mencionar que a avó não toma nenhum remédio de uso contínuo.
O geriatra Juair de Abreu Pereira, médico de Deolira há dois anos, corrobora com a boa saúde da idosa. Apesar da dificuldade de locomoção devido a uma queda há mais de uma década, Deolira não possui restrições alimentares, desde que a comida seja pastosa. A visão perfeita da idosa é destacada pela neta, que conta histórias de quando ela ainda colocava linha na agulha aos 105 anos.
Nascida em uma fazenda em Porciúncula, Deolira trabalhou na roça até os 80 anos, plantando arroz, café e criando animais. Viúva há cerca de 20 anos, ela teve sete filhos, três dos quais ainda vivos. A matriarca conta com 17 netos, 40 bisnetos e 37 tataranetos, formando uma extensa e unida família.
Apesar de gostar muito de carnaval, Deolira virou evangélica e nunca fumou nem consumiu álcool. No entanto, não abre mão de um cafezinho, sua bebida favorita. Questionada sobre a possibilidade de entrar para o Guinness Book, a neta de Deolira admite não saber como registrar a conquista da avó.
Para fazer parte do livro dos recordes, é necessário se inscrever no site oficial do Guinness Book e enviar provas da realização da conquista. Uma equipe especializada avaliará a documentação para validar o recorde. Mesmo superando a espanhola María Branyas Morera em idade, Deolira não tem interesse em competir e prefere desfrutar de sua longa vida ao lado da família.